O Tribunal Internacional de Justiça não é capaz de satisfazer ninguém Ontem foi conhecida a resolução do Tribunal Internacional de Justiça sobre as medidas provisórias impostas a Israel a pedido da África do Sul, que não pode satisfazer ninguém. Quando um tribunal aprova este tipo de decisão não é por neutralidade, mas porque deixa as coisas como estão, ou seja, nas mãos dos mais fortes, que neste caso é Israel e os seus padrinhos em Washington. A resolução é o típico puzzle jurídico: o Tribunal insta Israel a evitar qualquer “possível” acto de genocídio em Gaza, até agora não existe tal… mas é possível que exista. Se as dezenas de milhares de mortos, feridos e desaparecidos que se acumularam em 100 dias em Gaza não são um genocídio, é por duas razões possíveis: tal crime não existe ou, se existe, há países que, como Israel, tenha licença para cometê-lo. Mas se o genocídio não está a ser cometido em Gaza, que medidas pode o exército sionista tomar para o evitar? Se Israel deve aceitar
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