OPERAÇÃO LAVA JATO - Corregedoria da PGR vai investigar se houve irregularidade em acordos da Lava Jato com outros países
Corregedoria da PGR vai investigar se houve irregularidade em acordos da Lava Jato com outros países
A corregedora-geral do MPF, Elizeta de Paiva Ramos, determinou abertura de sindicância para apurar se houve irregularidades nas tratativas mantidas pela força-tarefa de Curitiba com autoridades de outros países para firmar acordos, como apontou a defesa de Lula
247 - A Corregedoria da Procuradoria Geral da República vai investigar os acordos firmados entre a força-tarefa da Operação Lava Jato com outros países. Há denúncias de que essas tratativas não seguiram a legislação brasileira.
A decisão de abertura de sindicância veio da corregedora-geral do MPF, Elizeta de Paiva Ramos, segundo reportagem do Globo. Foi designada a procuradora regional Raquel Branquinho para cuidar da sindicância
A corregedora apontou que existe “razoável dúvida” sobre os procedimentos devido a informações divergentes apresentadas pelos procuradores e pela defesa do ex-presidente Lula, que acusa a força-tarefa de ter realizado de forma irregular troca de informações com autoridades dos Estados Unidos e da Suíça durante as tratativas do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht.
“Um urgente aprofundamento da questão ora se impõe, em especial para se averiguar o estrito cumprimento das regras gerais relativas a tratativas e negociações internacionais, se acaso ocorridas, por parte dos membros integrantes da força-tarefa Lava Jato”, escreveu a corregedora em seu despacho, do dia 15 de abril.
Já ficou comprovado, através de diálogos obtidos pelo hacker Walter Delgatti e obtidos pela defesa de Lula que os procuradores da Lava Jato, junto com o ex-juiz Sergio Moro, firmaram acordos se comunicando diretamente com autoridades de outros países, descumprindo a legislação brasileira como a de obter antes autorização do Ministério da Justiça.
O grupo também negociou com autoridades do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o DoJ, a destinação de recursos da Petrobras, que formariam um fundo que, no Brasil, beneficiaria integrantes da própria Lava Jato. E viabilizou acordos de leniência da Odebrecht com os EUA e a Suíça.
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